
A negociação do próximo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) foi o tema principal da primeira reunião gerencial convocada pelo diretor-geral brasileiro, Joaquim Silva e Luna, e pelo diretor administrativo, Paulo Roberto da Silva Xavier, na manhã desta segunda-feira (7), no Auditório Integração, na usina.
Aproximadamente 100 pessoas compareceram – entre gerentes de divisão e departamento, chefes de assessoria, superintendentes e assistentes. O encontro teve transmissão por videoconferência para os escritórios de Curitiba e Brasília.
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As pautas sindicais reivindicatórias para as negociações do ACT foram entregues no dia 6 de setembro, no Centro Executivo. As reuniões entre os representantes dos sindicatos e a Comissão Negociadora de Relações Trabalhistas (CNRT), coordenada pelo chefe do Comitê de Relações Trabalhistas (RT.AD), Adriano Bardou, acontecerão nesta terça (8) e quarta-feira (9), no Centro de Treinamento da margem esquerda.
Nesse contexto, a reunião teve como objetivos principais transmitir informações gerais sobre o processo de negociação e alinhar o corpo gerencial com as diretrizes da gestão liderada pelo general Silva e Luna. “Vocês, gerentes, são o principal elo entre os diretores e os empregados, por isso é importante que saibam o nosso posicionamento e passem isso para as suas equipes”, disse o DGB, após as boas-vindas de Xavier.
Em uma breve apresentação, Silva e Luna falou mais sobre “a atual fase de transição da empresa”. “Estamos preparando a Itaipu para ingressar no competitivo e complexo mercado de energia no cenário pós-2023”, disse Silva e Luna. Segundo o diretor, até lá a empresa precisa estar em boas condições para ter custos compatíveis com os de mercado.
Atualmente, por força do Tratado, a compra da energia gerada pela binacional é garantida. “Entretanto, sabemos que este cenário pode mudar e que a concorrência não é fácil, por isso precisamos diminuir o Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade da Itaipu (Cuse)”, ressaltou. Na conta do Cuse estão o pagamento da dívida e dos royalties e as despesas de exploração (como pagamento de pessoal e encargos trabalhistas, por exemplo), entre outros componentes.
De acordo com o general, a política de austeridade já em andamento e a construção de uma nova relação com a margem direita fazem parte dessa preparação, mas todos os fatores influenciadores da Cuse receberão uma atenção especial. “Nosso desafio é fazer isso tudo sem comprometer o apoio ao desenvolvimento regional com obras estruturantes e a atualização tecnológica da usina”, afirmou.
Após a apresentação do general, Adriano Bardou concluiu o encontro falando sobre o atual contexto econômico e de negociação de acordos coletivos em outras empresas do setor elétrico, mostrou as principais reivindicações dos sindicatos na pauta que começará a ser debatida nesta terça e, ainda, ressaltou que a orientação da diretoria é manter o diálogo e a transparência nas negociações do ACT 2019/2020.
Fonte: JIE