
Essa história do governo socorrer quem precisa, com urgência, com empréstimo emergenciais, a juros baixos ou sem juros, por causa da epidemia do coronavírus, não é bem assim.
Vejam só o que informa o governo do Paraná.
Multas de trânsito não pagas, impostos atrasados, pendências com órgãos públicos, CPF ou CNPJ inscritos em dívida ativa da União (Previdência Social), ou ainda inadimplência e prejuízos antigos registrados no Banco Central são alguns dos fatores que inviabilizaram pelo menos 3.260 pedidos de crédito feitos à Fomento Paraná no programa Paraná Recupera, que recebeu 28,5 mil solicitações desde 27 de março.
“Criamos condições diferenciadas de crédito para os pequenos negócios neste momento de dificuldade com a redução da atividade econômica, mas muitas empresas já estavam com pendências anteriores à pandemia”, explica Everton Ribeiro, diretor de Operações do Setor Privado da Fomento Paraná.
“Temos orientado o empreendedor a se regularizar e retomar a proposta, mas cada pedido negado por inconsistência na documentação e outras pendências significa um tempo gasto, que atrasa a análise das propostas seguintes e provoca reclamações. Mas os recursos estão sendo liberados”.
Traduzindo: quem não tem dinheiro nem para sobreviver, tem de pagar dívidas atrasadas, para, talvez (quem sabe?), conseguir os empréstimos emergenciais, que de emergenciais não têm nada, pois são empréstimos comuns, que só são liberados depois de passar por toda uma série de burocracias.
Pior: se o pedido tiver um papel faltando, pode voltar para o fim da fila. Não tem nada de facilidade por parte do governo nessa questão burocrática, apesar da situação desesperadora de quem precisa.
Portanto, se você se encontra nessa situação, não espere nenhum tipo de ajuda. Vai ter de se virar por si só!