
Diferentemente do que se acreditava até então, as altas temperaturas podem não representar por si só uma condição ideal para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Isso foi o que apontou a tese de Doutorado de Mara Cristina Ripoli Meira, da Universidade de São Paulo (USP), que teve apoio institucional da Itaipu Binacional e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
Em sua tese, Mara levou em consideração dados coletados de Foz do Iguaçu entre 2006 e 2016 e concluiu que o intervalo de três meses, em relação ao início das epidemias, mostrou-se o período mais oportuno para iniciar as ações de controle do vetor, bem como bloqueio da doença e prevenção de epidemias.
O estudo apresentado na última terça-feira (21) durante a 173ª reunião do Grupo de Trabalho Itaipu-Saúde (GT Itaipu-Saúde) – do qual o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) faz parte -, mostrou que em dias mais quentes, com temperaturas acima dos 34ºC, a capacidade do mosquito se multiplicar diminui. “O cenário ideal para a sobrevida do mosquito é com temperaturas entre 25ºC e 30ºC, alta umidade relativa do ar e grande quantidade de chuvas”, explica.
Fonte: PTI