
O ex-prefeito de Foz do Iguaçu Paulo Mac Donald publicou um artigo no site da Revista 100 Fronteiras, ontem (11), no qual manifestou a sua opinião sobre o combate à pandemia do coronavírus em Foz.
Vale lembrar que ele enfrentou situação semelhante quando era prefeito.
Segundo a opinião dele, foram cometidas duas falhas nesse combate.
Vamos a elas, nas palavras de Mac Donald.
1-) A adaptação do Hospital Municipal para atender pacientes prejudicou todos os outros atendimentos. Cirurgias eletivas deixaram de ser feitas, cirurgias de vesícula e hérnia, pinos e parafusos da ortopedia foram abandonados. A epidemia de dengue, com mais de 11.902 notificações (nesta terça-feira, esse número subiu para 14 mil), sendo 202 com sinais de alarme, 37 de dengue grave e seis óbitos, isso tudo ficou em segundo plano. Todos os recursos dirigidos para o coronavírus, que em dados de 8 de maio, dos 30 leitos de UTI, somente sete estavam ocupados (sobram 23), e dos 68 leitos de enfermaria disponíveis, somente dois estavam ocupados (com 66 sobrando);
2-) As contratações de empresas envolvendo recursos extraordinários – mais de 90 milhões – são um aspecto negativo dessa decisão. Contratos de 5, 6, 7 milhões de reais com algumas empresas formadas às pressas (março de 2020), outras com médicos recém-formados, permitem que se questione a honestidade e seriedade dessa decisão. Como exemplo, cito um dos contratos de R$ 7.749.906,00 com uma empresa cujo CNPJ inexiste na Receita Federal. Para exemplificar um absurdo, entre muitos outros, esse valor seria suficiente para contratar 40 especialistas a 200 reais a hora, trabalhando quatro horas por turno, de segunda a sexta-feira, em período noturno, a um custo de 672 mil reais por mês. Somente com esse contrato teríamos 10.080, isto mesmo (dez mil e oitenta), consultas por mês. Ou seja, 110.880 consultas num ano, acabando com um dos maiores problemas da saúde de Foz e do sofrimento de quem precisa de uma consulta com especialistas.
Confira o artigo completo publicado pela revista clicando aqui.