
Uma Audiência Pública, na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, realizada nesta sexta-feira (11), revelou que os gargalos do parque industrial de Foz do Iguaçu são muitos, entre eles, falta de infraestrutura adequada e necessidade de flexibilizar a legislação, para facilitar as atividades das empresas e o desenvolvimento econômico do município
A discussão foi conduzida pela vereadora Anice Gazzaoui (sem partido), autora do requerimento em conjunto com o presidente da Câmara, Beni Rodrigues (PSB). Como deliberação da audiência, foi formada uma comissão de trabalho para tentar resolver o problema. Outra decisão é o pedido de suspensão dos processos judiciais até que seja aprovado novo projeto do distrito.
As principais demandas dos empresários da região referem-se a temas como a legislação atual, que, segundo eles, precisa ser revista. A regularização das áreas também foi outro dado alardeado na audiência. O debate em si amplificou a voz dos empresários que há muitos anos sofrem com os entraves.
Leiam as principais queixas dos envolvidos na questão
1-) O representante dos empresários da região foi à tribuna expor o drama pelo qual passam. “Estamos aqui para pedir que flexibilizem nossas leis para termos condições de trabalho. Os empresários começaram a fazer uma via sacra para concluir os projetos. Qual a saída? Continuar lutando para se manter? Não é justo”, destacou Rigoberto Saggin.
2-) A advogada Cristiane Silva expôs: “Represento alguns empresários da área. Gostaria de pontuar a possibilidade de que todos os processos relativos à área que correm junto à Fazenda Pública que possamos realizar um negócio de processo jurídico processual, a fim de que possam implementar um novo prazo, uma nova prática, podendo dar um tratamento digno aos empresários”.
3-) Kelyn Trento, representando a Agência do Trabalhador, afirmou que “é muito importante a gente ouvir o anseio dos empresários. A meu ver, não tem outra saída senão a alteração legislativa, para que a gente possa resgatar e melhorar a empregabilidade dessa cidade”.
4-) O engenheiro Vicente Veríssimo, do DNIT, acrescentou: “Vemos que a situação está realmente difícil. “Vamos fazer de tudo para que essa obra que vai acontecer, da perimetral, para que traga benefícios para a região”.
5-) Célia da Rosa, engenheira e empresária do distrito, afirmou: “Fui para área industrial. Tenho uma empresa lá no distrito e precisamos realmente de apoio. Precisamos nos unir e resolver a situação”.
6-) “Mudem a lei, façam com que o empresário tenha algum benefício. Adquirimos uma área e pagamos por ela, mas estamos à mercê da Prefeitura, porque sou dono, mas não sou”, afirmou Roque Pandolfo.
7-) Flori Oliveira destacou: “Investimos tudo o que tínhamos e mais um pouco. Minha vida de 30 anos eu investi. Tudo o que tenho na minha vida está ali e não sou dono, é uma concordata”