
Desde terça-feira (18), está suspenso o serviço de transporte por balsa entre Presidente Franco, no Paraguai, e Puerto Iguazú, na Argentina.
O motivo é que o Rio Paraná estão com vazão tão baixa que já não permite a navegação.
Segundo o jornal Vanguardia, turistas e comerciantes paraguaios que pretendiam utilizar a balsa para ir a Puerto Iguazú, ontem, ficaram surpresos com a suspensão do serviço.
Eles puderam observar claramente como a água baixou muito, deixando que, rio adentro, aparecessem grande rochas, perigosas para a navegação.
Uma funcionária da zona de embarque, Yulia Cardozo, disse ao Vanguardia que o rio deve ter baixado cerca de dois metros, de um dia para o outro.
A única saída, segundo ela, seria Itaipu abrir suas comportar ou, então, que chova de maneira torrencial durante uma semana. Se isso não ocorrer, o serviço de balsa continuará suspenso.
Reservatórios baixos

O problema é que não há água para Itaipu liberar. A seca dos últimos meses rebaixou o nível dos reservatórios de todas as usinas a montante (acima) de Itaipu, que precisam também de muita chuva para garantir a produção normal.
É por causa dessa situação, por sinal, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já descarta a possibilidade de revisão no valor das bandeiras tarifárias, que definem quanto o consumidor vai pagar a mais pela energia elétrica, segundo a Agência Brasil.
Com variação entre verde, amarela e vermelha (em dois patamares) as bandeiras geram custos adicionais à conta de luz que vão de R$ 1 a R$ 5. Há quatro meses, está sendo cobrada a bandeira vermelha no segundo patamar, o que gera cobrança extra de R$ 5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos.
As bandeiras são acionadas em período de escassez de chuvas, quando há redução no nível dos reservatórios nacionais. Nesses períodos há o acionamento de usinas térmicas, cujo custo de produção é mais alto.