Paraguai regulariza a atuação de militares norte-americanos no país

Acordo SOFA foi assinado em Washington e amplia cooperação em segurança, inteligência e resposta a emergências

O Ministro das Relações Exteriores, Ruben Ramirez, e o Secretário de Estado, Marco Rubio, com o Acordo sobre o Estatuto das Forças (SOFA). Captura de vídeo.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o Ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez, assinaram nesta semana, em Washington, D.C., um Acordo sobre o Estatuto das Forças (SOFA). O principal objetivo é fortalecer a cooperação bilateral no combate ao crime organizado transnacional, considerado uma das maiores ameaças à segurança regional.

O acordo define o estatuto jurídico, os direitos e os privilégios do pessoal militar norte-americano, agentes de segurança e contratados do governo dos EUA que venham a atuar no Paraguai.

A medida busca garantir segurança jurídica e agilidade nas operações conjuntas entre os dois países.

Durante a cerimônia de assinatura, Marco Rubio destacou que o SOFA respeita plenamente a soberania paraguaia, ao mesmo tempo em que cria condições para uma cooperação mais eficaz. Segundo ele, o acordo permitirá treinamentos conjuntos, troca rápida de informações estratégicas e resposta coordenada a emergências humanitárias.

“Este acordo cria as bases para trabalhar juntos de forma direta e eficiente contra organizações criminosas transnacionais”, afirmou o secretário de Estado dos EUA.

O texto do acordo também inclui contratados do governo norte-americano, ampliando as possibilidades de cooperação não apenas na área de segurança, mas também em nível econômico. Rubio ressaltou o potencial do Paraguai para atrair investimentos e parcerias com empresas e interesses americanos.

Por sua vez, o chanceler paraguaio Rubén Ramírez reafirmou o compromisso do governo do presidente Santiago Peña em aprofundar a relação estratégica com os Estados Unidos. Ele destacou ações conjuntas no combate ao narcotráfico, tráfico de pessoas, crime organizado e corrupção, temas prioritários para ambos os países.

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