Um trabalho minucioso, envolvendo todas as áreas da Diretoria Técnica da Itaipu Binacional, encontrou e reparou mais de 3.500 pequenos pontos de erosão no vertedouro.
A atividade, executada na calha esquerda, a maior das três calhas com mais de 62,3 mil metros quadrados de área, começou no início de julho e terminou na semana passada.
O objetivo é manter a estrutura em excelentes condições operativas.
De acordo com o técnico de obras João Bernardino de Oliveira Lopes, da Divisão de Manutenção Civil e Industrial (SMMC.DT), área gestora do contrato, uma manutenção tão detalhada como esta não era feita desde 1998, há quase 30 anos.
“As intervenções executadas neste período foram mais comuns em reparos de erosões maiores, com áreas próximas a um metro quadrado por exemplo. Dessa vez, procuramos desde pequenos pontos, alguns com dimensões de cinco por cinco centímetros, até áreas maiores com dimensões de 60 por 80cm”, comentou.
Estrutura fundamental
O vertedouro é uma estrutura hidráulica de proteção da barragem utilizada para descarregar toda a água excedente, ou seja, não utilizada para a geração de energia, controlando assim o nível do reservatório. Na Itaipu, o vertedouro tem capacidade de 62 milhões de litros por segundo (mais de 40 vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu).
A passagem da água pela estrutura durante o vertimento provoca desgaste progressivo no concreto das calhas, exigindo intervenções periódicas para preservar a integridade estrutural e a segurança operacional dessas instalações.
A partir de 2026, novos reparos devem ser feitos nas outras duas calhas, central e direita.
A calha esquerda é a maior, mais usada e mais importante para a usina, por isso foi foco inicial da atividade.









