
Faleceu na última segunda-feira (16), aos 89 anos, em Foz do Iguaçu, o comunicador Francisco José Maria Fialho, primeiro chefe da Assessoria de Comunicação da margem esquerda de Itaipu. No sábado, ele sentiu-se mal e foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois para o Hospital Municipal, onde faleceu. Relações públicas, Fialho chegou a Itaipu em 1975, durante a gestão do primeiro diretor-geral brasileiro, general Costa Cavalcanti, e ajudou a implantar o sistema de comunicação da usina. Exerceu o cargo até 1981.
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Em 2009, enviou elogios aos conteúdos do JIE e contou um pouco de sua experiência à frente da Comunicação Social.
“Cheguei a Foz em 1975, quando montamos a assessoria na cidade numa rua de barro. Quando chovia, os carros não conseguiam trafegar, dada a condição escorregadia do barro vermelho. O chefe de Relações com a comunidade na época era Pedro Paulo de Salles Oliveira. Tenho saudades dessa formidável passagem de minha vida. Inolvidável, inesquecível! Quero parabenizar vocês pela excelente qualidade do site. Muito bem construído. Informativo, racional, bom texto, amplo espectro de informações. Parabéns e um grande abraço a todos”, disse.
Cidadão do mundo, Fialho nasceu em Bruxelas (Bélgica) e falava oito idiomas. Antes de chegar a Foz do Iguaçu, em meados da década de 1970, estudou arte em Budapeste (Hungria), na Colômbia e em São Paulo, locais onde seu pai, diplomata brasileiro, trabalhou. A mãe, húngara, era quem o incentivava nas artes plásticas.
Porém, foi na comunicação e na administração que solidificou sua carreira. Além de Itaipu, também atuou como diretor de comunicação da Fundação Iguassu, foi gerente de comunicação na General Electric, e chefiou os departamentos de vendas e comunicação das empresas Allis-Chalmers e Barber Greene.
Entre os amigos deixados na cidade, está Rogério Bonato, ex-diretor do jornal Gazeta Diário. Em uma homenagem publicada na edição desta terça-feira (17) do periódico, Bonato disse:
“Eu sou um péssimo biógrafo dos meus amigos, costumo esquecer o que foram e qual influência exerceram. Prefiro tratar da essência humana, desprovida da importância nos títulos e cargos. No caso de Francisco José Maria Fialho, bastaria eu escrever que ele foi um dos braços direitos do general Costa Cavalcanti, na área de comunicação e relações públicas, e quando esteve em Itaipu, recebeu reis, rainhas, ministros, presidentes, mandatários de todas as qualidades, celebridades de todos os quilates e que tratava dos assuntos mais delicados da Binacional junto aos jornalistas […] Fialho, tenho certeza, por sua humildade e caráter, gostaria que eu o lembrasse assim. Descansa, amigo. Descansa.”, citou Bonato.
Outro amigo foi Rubens Nogueira, ex-colega de empresa e sucessor de Francisco Fialho no cargo de chefe da Assessoria de Comunicação da Itaipu.
“Meu colega Fialho, filho de diplomata, nascido e criado na Europa, antecedeu-me na Itaipu Binacional, que ele deixou em 1981. Antes disso eu o conheci no Rio de Janeiro, quando foi criada a Secretaria de Turismo do Estado da Guanabara e, mais tarde, na General Electric, ainda no Edifício Andorinhas, na rua Almirante Barroso. Estivemos distantes por longos anos. Reencontrei-o recentemente em um encontro histórico, na casa de Pedro Paulo de Salles Oliveira, em São Paulo”, relembrou Nogueira.
O velório está sendo realizado na Capela 2 do Cemitério São João Batista. O enterro será às 16h, no mesmo local.
Fonte: JIE