O Não Viu? publica abaixo uma análise do pesquisador e especialista em estatística, professor Carlos Kossar, sobre a arrecadação do ICMS no Paraná, com destaque às cidades com mais de 50 mil habitantes.
Os números, embora preocupantes, ainda não estão merecendo a devida atenção por parte das autoridades e lideranças de Foz do Iguaçu, mas revelam um futuro pouco promissor para o município, se nada for feito.
Vamos à análise de Kossar.
O ano de 2017, apesar de ter sido um ano de baixa atividade econômica no País, por causa dos efeitos da bruta recessão de 2015 e 2016, não repercutido com a mesma intensidade no Paraná, devido, principalmente, ao modelo agroindustrial do Estado.
Se observarmos o quadro acima, um comparativo entre o Estado, Curitiba, Ponta Grosa, Maringá e Foz do Iguaçu e seus vizinhos, notamos que o fraco desempenho da cidade de Foz do Iguaçu nas relações per capita, se comparada com os outros municípios, demonstram a fraqueza de nossas atividades econômicas.
Por quê? Por que dos 98 milhões de reais que Foz recebeu de ICMS em 2017, 72% são provenientes da fabrica de energia (ITAIPU).
Apesar da contribuição de Itaipu, o valor de R$ 373,96 por habitante é um dos mais baixos do Paraná, para cidades com mais de 50 mil habitantes, o mesmo acontece no valor de R$ 1.613,17 por emprego.
Nisso tudo, fica provado que Itaipu é excelente para o Brasil, para o Paraná, mas no caso de Foz do Iguaçu, apesar do gigantismo da empresa, acreditar que a usina, sozinha, vai resolver os problemas econômicos do município é uma ilusão.
Depois dessa cutucada, só resta dizer às lideranças de Foz o seguinte: mexam-se!