
As mensagens de texto encontradas no celular de um motorista de um caminhão semi-reboque, com 35 toneladas de mercadorias contrabandeadas, revelam a cumplicidade de funcionários da Administração Nacional de Navegação e Portos (ANNP) e da Alfândega, na Ponte da Amizade, com grandes contrabandistas, informa o jornal La Clave, na edição desta terça-feira (21).
Após as evidências encontradas no telefone, o promotor do caso, Humberto Rosetti, ordenou as prisões do motorista do caminhão, identificado como Blas Santiago Amarilla, e do oficial portuário José López Cubas, que até estaria envolvido em tráfico de drogas, de acordo com o que revelam fontes da ANNP.
Na mensagem, que agora está em poder do promotor Humberto Rosetti, o funcionário José López implorou ao motorista que retirasse a evidência de seu telefone celular, para evitar implicá-lo no ato.
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No entanto, motorista não atendeu ao pedido e a participação do funcionário no crime foi finalmente verificada.
López, segundo o jornal, é conhecido como um importante funcionário da ANNP, de onde, supostamente, está operando a favor de um grupo de traficantes de drogas que usam caminhões de fundo duplo para enviar maconha ao Brasil.
De acordo com a denúncia que o jornal La Clave apurou, na semana passada, existe um verdadeiro esquema na estação aduaneira da Ponte da Amizade, composto por funcionários da própria agência de cobrança, que, por sua vez ,têm a cumplicidade de representantes de outras instituições, especialmente a ANNP e o Serviço Nacional de Qualidade e Saúde de Plantas e Sementes (SENAVE), o Ministério da Agricultura (MAG) e alguns despachantes que monopolizam a importação de hortaliças do país vizinho, segundo os dados.