
Um painel sobre lojas francas nas cidades de fronteira, realizado na cidade de São Borja (RS), revelou que, diferentemente da percepção inicial de que essas lojas poderiam significar uma ameaça ao comércio convencional estabelecido nessas cidades, a realidade vivenciada, até agora, é exatamente o oposto.
Segundo os palestrantes do painel, as lojas francas instaladas nas cidades gêmeas de Jaguarão, Barra do Quaraí, Uruguaiana e Porto Mauá trouxeram, além da oferta de um mix de produtos, em sua maioria não disponíveis no comércio convencional, também um elevado fluxo de consumidores de outras localidades e de países vizinhos, o que gerou um aquecimento nas vendas do comércio como um todo,
Os palestrantes afirmaram que “os visitantes, além de consumirem os produtos das lojas francas, também consomem produtos de lojas convencionais e serviços, o que potencializa segmentos dos setores de turismo, lazer, alimentação, hotelaria, combustíveis e outros”.
Este aumento de demanda, ainda segundo o painel, gera empregos nas comunidades, maior arrecadação para os municípios, investimentos públicos e privados que realimentam o circuito.
O painel foi organizado pela ACISB – Associação Comercial e Industrial de São Borja, em conjunto com as empresas Via Balção e Datacomex.
Em quanto isso, em Foz do Iguaçu, a instalação dessas lojas ainda patina nos meandros da burocracia e de outros obstáculos.
Por que será?