
Levantamento realizado pela ACIFI (Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu) revela que as empresas atendidas por cinco dos principais escritórios de contabilidade da cidade empregavam 15.274 funcionários antes da crise. Desse total, 1.674 foram demitidos por causa da crise econômica. Ou seja, 11% deles.
Ao projetar esse índice de 11% de demissões para o universo de 59,3 mil empregos formais registrados no município, conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), é possível estimar que a cidade já registra, pelo menos, 6,5 mil demissões entre aqueles empregos com carteira assinada.
O alerta está sendo feito pelo presidente da ACIFI, Faisal Ismail.
“Com a maioria dos estabelecimentos comerciais e de serviços fechados, desde 20 de março, por imposição da prefeitura, o faturamento das empresas caiu bruscamente. A consequência é uma onda de demissões que tende a piorar”, avisa Faisal.
Segundo ele, muitos empresários, para evitar as demissões em massa, deram férias aos seus empregados, a partir do dia 20 de março. O período de 30 dias começa a terminar na segunda-feira, 20, para quem adotou a medida de imediato (e assim em diante).
“O fato é: sem perspectivas de retomada da economia na cidade e com medidas apenas paliativas para mitigar a crise por parte dos governos, sobretudo do municipal, quantos funcionários serão demitidos em seu retorno?”, indaga Faisal.