
O governo do Paraguai oferece uma recompensa de 5 bilhões de guaranis (R$ 3,5 milhões) por informações sobre os cinco líderes do Exército do Povo Paraguaio (EPP).
É um bom dinheiro, equivale a R$ 713 mil “por cabeça”. E revela um maior empenho do novo presidente do país, Mario Abdo Benitez, em relação ao grupo terrorista, que atua no departamento de San Pedro, a 70 km da fronteira com a região sul de Mato Grosso do Sul.
“Procurados por homicídio, sequestro, terrorismo, roubo agravado e associação criminosa. Recompensa (para cada um) de 1 bilhão de guaranis”, diz o cartaz do governo, com a foto dos líderes terroristas.
Os procurados são Osvaldo Daniel Villalba, o “Comandante Alexander”, Manuel Cristaldo Mieres, o “Santiago”, Alejandro Ramos Morel, o “Tenente J”, Liliana Elizabeth Villalba Ayala e Magna María Meza Martínez, a “Leti”.
Ao todo, segundo o governo paraguaio, são 29 integrantes do EPP com ordem de prisão.
O EPP é responsável pelo sequestro de policiais, comerciantes e produtores rurais da faixa de fronteira (alguns foram mortos). O grupo também assumiu ataques armados à Polícia Nacional, como um ocorrido em 2015, quando cinco agentes foram mortos e as viaturas incendiadas na estrada.
No ano seguinte, o EPP matou oito membros da FTC (Força de Tarefa Conjunta), um grupo especial formado por soldados e policiais, criado especialmente para enfrentar os terroristas.
No total, segundo dados oficiais, o EPP cometeu 65 assassinatos. O grupo ainda mantém como sequestrado o suboficial de polícia Edelio Morínigo, que está desaparecido há 1.518 dias (contando esta sexta , 31). Não há dados que confirmem se ele ainda está vivo.
Os guerrilheiros também são acusados de ligações com narcotraficantes, entre eles os brasileiros Jarvis Gimenes Pavão, que ficou oito anos preso no Paraguai e em dezembro do ano passado foi extraditado para o Brasil, e Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, também preso em território brasileiro.
Fonte: Campo Grande News (corrigido o valor publicado pelo jornal, que informou ser a recompensa de 1 milhão de guaranis, mas são “1000 millones” por terrorista, conforme o cartaz).