O feriado prolongado da Semana Santa, combinado com o feriado de Tiradentes (21) iniciado na última quinta-feira (18), testou os limites da rede de hospedagem na região trinacional.
Desde a véspera do feriado, Foz do Iguaçu já operava com mais de 90% de ocupação hoteleira.
Segundo balanço do site Click Foz, entre os principais problemas registrados estão:
- Congestionamentos prolongados nas BRs 277 e 469 (Rodovia das Cataratas);
- Falta de agilidade no controle fronteiriço entre os três países;
- Infraestrutura urbana instável, especialmente em Puerto Iguazú.
Veja por quê
Cataratas do Iguaçu
Na Sexta-Feira Santa (18), turistas que tentaram visitar o Parque Nacional do Iguaçu enfrentaram mais de duas horas de fila na BR-469. Um dos principais fatores para o congestionamento foi o atraso na duplicação da Rodovia das Cataratas.
A obra, iniciada em 2022, alcançou menos de 50% de execução e, até agora, nenhum trecho foi entregue.
Ponte da Amizade
No sábado (19), o trânsito ficou ainda mais complicado na BR-277, principal acesso à Ponte da Amizade.
Turistas que buscavam fazer compras em Ciudad del Este enfrentaram lentidão tanto na ida quanto na volta, com congestionamento por boa parte do dia.
Muitos turistas optaram por ir com seus veículos até o bairro da Vila Portes, nas proximidades da Aduana da Ponte Internacional da Amizade, para cruzar a ponte à pé, o que causou muito transtorno para frequentadores e comerciantes do bairro, já que, quem precisava estacionar no bairro simplesmente não encontrava vagas habilitadas para veículos em frente ou nas proximidades dos comércios.
Os estacionamentos nas proximidades da Ponte Internacional da Amizade também ficaram lotados durante todo o dia.
Argentina
Quem escolheu cruzar para Puerto Iguazú na sexta-feira santa também sofreu. Viajantes relataram até quatro horas de espera na aduana argentina, o que causou o cancelamento de reservas em restaurantes e a perda de shows e eventos noturnos.
Após muitas horas de espera, muitos turistas desistiram de tentar cruzar a fronteira em direção ao país dos “hermaños” e simplesmente retornaram a Foz.
Apesar dos números expressivos, o feriadão deixou um alerta: a infraestrutura atual não comporta o crescimento do turismo sem causar impacto direto na experiência dos visitantes.