Estudante de medicina brasileiro pode ter sido vítima de tráfico humano no Paraguai

Ele deixou seu apartamento pouco depois das 13h e seguiu em direção ao Aeroporto de Foz do Iguaçu, onde embarcou para São Paulo.

Câmera de segurança registrou momento do embarque em veículo que levou Ricardo até Foz do Iguaçu. Imagem: Reprodução/Redes Sociais.

O desaparecimento do estudante de medicina brasileiro Ricardo Castro Rocha, de 25 anos, residente em Ciudad del Este, no Paraguai, intriga autoridades locais e preocupa seus familiares.

Desde a terça-feira, 15 de abril, ele não é mais visto.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Ricardo entra em um Toyota Corolla com placas brasileiras, carregando uma mala. Ele deixou seu apartamento pouco depois das 13h e seguiu em direção ao Aeroporto de Foz do Iguaçu, onde embarcou para São Paulo.

Destino final: Rússia
Horas depois, foi confirmado que ele despachou duas bagagens no aeroporto de São Paulo, apesar de ter saído de Foz do Iguaçu com apenas uma. Essa incoerência levantou o alerta entre os investigadores.

De acordo com registros de imigração e voos, Ricardo chegou a Moscou, na Rússia, no dia seguinte, por volta das 15h30. Até o momento, seu paradeiro exato e sua condição permanecem desconhecidos.

Viagem não comunicada à família
Segundo entrevista dada à imprensa paraguaia pela advogada Celia Martínez, que acompanha o caso, o jovem havia informado à mãe que faria uma viagem para Assunção, capital do Paraguai. No entanto, nunca mencionou qualquer plano de ir à Rússia.

“A passagem de Foz para Moscou custa cerca de R$ 8.500, e ele não tem esse valor. É claro que há pessoas por trás disso. Podemos estar diante de um caso de tráfico de pessoas”, afirmou a advogada.

Suspeita de aliciamento e tráfico humano
Autoridades paraguaias suspeitam que Ricardo tenha sido vítima de uma rede internacional de tráfico de pessoas, possivelmente aliciado com promessas falsas de recrutamento militar.

A advogada também levanta outra possibilidade:

“É muito provável que ele tenha sido enganado, pois sempre sonhou em ingressar no exército, mas sua constituição física não é adequada e ele ainda não concluiu os estudos para trabalhar como médico”, acrescentou.

Investigações continuam
O caso está sob responsabilidade do promotor Carlos Almada e do comissário Dario Aquino, da 2ª Delegacia de Ciudad del Este, que atuam com urgência para localizar Ricardo e entender a estrutura da possível organização criminosa envolvida.

Até o momento, nenhuma pista concreta foi divulgada, mas as autoridades seguem com investigações em andamento para identificar os responsáveis e evitar que outros jovens sejam vítimas do mesmo esquema.

Com informações do La Nación e Click Foz

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