
O Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai, registrou no último domingo (26) a chegada do 50º filhote do Programa de Reprodução de Harpias (Harpia harpyja), mantido pela usina.
O pai do filhote é o primeiro macho nascido no RBV, em 2009. A mãe veio do Parque Zoobotânico Vale, no Pará, em 2014. Eles formam um dos seis casais reprodutores do plantel, que conta, atualmente, com 36 aves.
O nascimento do bebê harpia consolida a iniciativa como o maior programa de reprodução em cativeiro da ave símbolo do Paraná no mundo.
A taxa de sobrevivência de filhotes, que fica em torno de 80%, permite que o Programa de Reprodução de Harpias da Itaipu seja um fornecedor de espécimes para várias instituições ambientais.
A próxima doação será de um casal que será enviado ao ZooParc Beauval, na cidade de Saint-Aignan, na França.
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“Nosso programa é o único no mundo que mantém uma reprodução continuada da espécie. Em outras instituições, há dois ou três nascimentos, mas não é mantida a reprodução de forma constante”, explica o biólogo da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu Marcos de Oliveira, especialista no manejo de aves de rapina.
As duas aves que serão enviadas para a França são consideradas “de segunda geração”: são filhotes de aves nascidas no Refúgio. “Para exportação de animais silvestres nativos, é permitido somente o envio de animais de segunda geração. É uma estratégia para manter conservado o material genético no seu país de origem, porém, permite a participação de outras instituições em programas integrados de conservação da espécie”, explica Marcos.
Fonte: IB