No dia 27 de novembro passado, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, assinou um decreto pelo qual acaba com transporte escolar em Foz do Iguaçu e obriga os alunos a usarem o transporte coletivo, com o uso passagens cedidas pela prefeitura.
Inconformado com tal medida, o deputado estadual Soldado Fruet acionou o Ministério Público do Paraná, através de um procedimento administrativo, para que seja averiguado os motivos que levaram a essa decisão.
Na semana passada, em entrevista ao programa Contraponto, da Rádio Cultura, o deputado já havia demonstrado a sua indignação à secretária de Educação de Foz do Iguaçu, Maria Justina da Silva, e alertou, no ar, que, se a medida foi para conter gastos, não se justificaria, pois a Prefeitura de Foz do Iguaçu, segundo ele, gasta mensalmente R$ 1,5 milhão com pagamentos de funcionários em cargos de confiança (aqueles que são fruto de indicações políticas).
No dia 16 de dezembro, Maria Justina avisou a chefe do Núcleo Regional de Educação, Silvana Garcia, sobre fim do transporte escolar “devido à grande demanda no perímetro urbano do município”.
Na sexta-feira (17), Justina prestou esclarecimentos sobre o assunto para a Comissão de Saúde, Educação, Cultura, Esporte, Saúde, Assistência Social e Defesa do Cidadão da Câmara de Vereadores, presidida pela vereadora Inês Weizemann (PSD).
A secretária confirmou que os alunos da Educação Especial, dos CMEIs e do 6º ano continuarão utilizando o transporte terceirizado.
Os demais têm direito ao cartão único do transporte urbano servindo para comprovação de endereço conta de água, luz, telefone, internet, TV a cabo, cartão de crédito ou contato de aluguel recente.
Opinião
Essa medida tem tudo para dar errado. Foz é uma cidade atípica e, quer queiram ou não, violenta. Isso pode, além dos transtornos gerados para os pais dos alunos, colocar a vida dessas crianças em risco.