
Há anos e anos, até as borboletas do Parque Nacional do Iguaçu sabem da dificuldade dos empresários para obter alvarás de construção e certidões de habitação na Secretaria de Planejamento e Captação de Recursos de Foz do Iguaçu.
As exigências chegam as ser tão necessárias quanto, a título de ilustração, “um clipe de papel no lugar certo, uma cópia de xerox em determinada posição, uma assinatura com tinta azul” e por aí vai.
Algumas dessas imposições consideradas descabidas (para não dizer suspeitas) levam muitos contribuintes a afirmar que ali se cria dificuldades para, depois, “orientar” (para dizer o mínimo) facilidades.
O absurdo chega a tanto que, no ano passado, o então secretário da pasta, Elsídio Cavalcanti, exigiu a compra de elevadores para dar acesso a clientes aos mezaninos de pequenos estabelecimentos, usados como almoxarifados, como ocorre nessas lojas de shoppings.
Vale ressaltar que esses mezaninos são, em 99,9999% dos casos, de uso restrito de empregados e tais elevadores custam valores bem acima da capacidade econômica de muitos desses empreendimentos.
Pode uma coisas dessas?
Bom, pelo menos podia, até a semana passada, pois, para a felicidade de muitos e muitos, Elsidio Cavalcanti deixou a secretaria.
Ele foi substituído, por determinação do prefeito Chico Brasileiro, pelo ex-diretor de Desenvolvimento Industrial, Comercial e de Serviços, Edinardo Borba de Aguiar, que já atuou como consultor e gestor no Sebrae-PR e na Acifi (Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu).
Agora, só o tempo vai dizer se essas imposições (suspeitas por não terem lógica) vão continuar a ser exigidas de quem quer empreender na cidade.
Ou se Edinardo vai, enfim, quebrar essa arcaica estrutura enraizada na secretaria, através de mudanças administrativas e remanejamentos, para facilitar a vida desses empreendedores.