
O prefeito em exercício de Foz do Iguaçu, Nilton Bobato, assinou ontem (14), uma portaria na qual designa a farmacêutica e bioquímica Etelvina de Fatima Maciel de Oliveira para, segundo o documento, “coordenar ações, no âmbito deste município, para promoção e educação em saúde quanto ao acesso seguro e ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, bem como das ações necessárias para constituir a Escola de Saúde Pública do Município”.
Para exercer tal cargo, ela terá, ainda segundo a portaria, uma gratificação de 40% sobre o salário bruto atual que é de R$ 14.058,72 (Incluído um adicional de R$ 3.244,00), segundo o portal da transparência.
O estranho em tudo isso é que, no ano passado, a funcionária em questão foi uma das protagonistas, quando era diretora da Secretaria de Saúde de Foz, de uma briga com outra diretora, que resultou em agressões físicas e verbais, cujos gritos puderam ser ouvidos por vários andares da sede do órgão.
Apesar da gravidade, Bobato, ao contrário do que sempre fez, não abriu um procedimento administrativo para elucidar as graves acusações proferidas diante de dezenas de testemunhas, sem contar as agressões físicas. Para a Prefeitura de Foz, parece que esse fato nunca ocorreu.
Resultado: uma das diretoras (a sem costas quentes?) foi exonerada e Etelvina, depois de duas inexplicáveis publicações no Diário Oficial do Município, foi afastada do cargo e transferida para o Horto Florestal.
Porém, agora, pelo tamanho da designação assinada por Bobato, ela parece voltar com toda força.
A pergunta do Não Viu? é: como um gestor público pode ser levado a sério pelos seus subalternos diante de um quadro desses?