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Ruas de Foz do Iguaçu dão adeus à poesia de Paulo Leminski

Por Vinícius Ferreira
31 janeiro, 2018
| 4 minutos de leitura |
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A grafitagem com poemas do poeta curitibano Paulo Leminski, nos muros da esquina das avenidas República Argentina e Paraná, foi coberta por tinta verde, cor de mata, de musgo, de dólar.

Verde que não te quero verde nem ver-te, é o que mais ou menos diria o poeta, se pudesse voltar e ver o que fizeram com a esquina da poesia.

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Ou talvez nem ligasse. Afinal, ele dizia que o grafite é “a tatuagem provisória” dos muros e paredes das cidades.

Tem grafitagem de poesias dele em Curitiba (ninguém ousa apagar!) e tinha em Foz.

A grafitagem de uma das mais movimentadas esquinas de Foz do Iguaçu foi uma intervenção poética feita em 2013 para chamar a atenção para a mostra “Múltiplo Leminsi”, no Ecomuseu de Itaipu.

Visitada por mais de 130 mil pessoas (quase a metade de toda a população de Foz, o que é um espanto!), a mostra trouxe o talento de Leminski nas várias formas que encontrou para se expressar, da poesia à prosa, da publicidade às histórias em quadrinhos, da tradução à música.

Agora, a grafitagem já era. Fica a lembrança da brincadeira de Leminski: “Esta vida é uma viagem\Pena eu estar só de passagem”.

De passagem como foi com o grafite. É de pensar que o verde escuro do muro também pode estar só de passagem, e servir de base para execráveis pichações. Sem poesia, sem arte. Quem viver, verá.

Matérias posteriores

O texto acima não citava a quem pertencia o muro, mas depois fomos informados de que é do Hotel Bella Italia. Posteriormente, fizemos então duas postagens, uma com base no texto enviado pelo assessor de imprensa da Loumar Turismo, Garon Picelli. O hotel faz parte da Loumar Turismo.

Para o leitor que “chegou depois”, é interessante ver o desdobramento dessa história. Então, vamos ao primeiro texto posterior a essa postagem. Fala Garon Picelli:

“O muro foi cedido para um projeto da Unila, em uma das ações para a divulgação da exposição do Leminski em Foz. Na oportunidade, a cessão do muro era apenas para o período da exposição em Foz, porém o hotel manteve, como forma de acesso a obra do poeta.

No final de 2017, com projetos de expansão para aquela esquina e também de uso do muro para outras finalidades, foi pintado.

O hotel reconhece a importância de Leminski e de manifestações artísticas e sempre investiu e continua investindo como no apoio a grupos teatrais, exposições artísticas e manifestações culturais.”

Fala o empresário

O outro texto postado posteriormente foi com base em entrevista com o empresário Marcelo Valente. É este a seguir:

O empresário Marcelo Valente, do grupo Loumar Turismo, que administra o Hotel Bella Italia, gostou da ideia de fazer um espaço de cultura na famosa esquina das avenidas República Argentina e Paraná.

Ele ficou impressionado com a repercussão (negativa) da pintura que foi feita em cima dos grafites do poeta Paulo Leminski. “A cidade até parece ter imaginado que aquele espaço era público”, disse.

Segundo Valente, o local será utilizado para expansão do grupo Loumar, mas, como ele percebeu o quanto é valorizado pelos moradores, uma parte do muro será utilizada para expressão cultural.

Em rápida conversa com o blog, ele até já pensou em contratar um bom grafiteiro para fazer um trabalho que lembre a cultura italiana, relacionando a esquina com o Hotel Bella Italia.

Marcelo Valente lembrou que, em 2013, foi procurado por Paulino Motter, que à época estava à frente do projeto para trazer a exposição Múltiplo Leminski ao Ecomuseu de Itaipu, para que os muros do hotel, naquela esquina, fossem utilizados para grafites poéticos.

O sogro dele, que é o proprietário do hotel, embora relutasse um pouco, concordou. “Era pra ser apenas por três meses, mas durou até agora”, disse.

Valente explicou que, como agora o grupo quer aproveitar o terreno, o muro foi pintado nas cores que lembram o hotel. Ninguém imaginou que haveria toda essa repercussão (e não só por causa do Não Viu?, mas porque as redes sociais não perdoam).

Foz perde Leminski nos muros, mas mostra que há uma interessante consciência cultural em formação por aqui, o que se torna um resultado bastante positivo dessa história toda.

E Leminski vai voltar

Há ainda um último texto sobre o assunto. O presidente da Fundação Cultural de Foz, Juca Rodrigues, decidiu criar um novo espaço para Paulo Leminski. Confira o texto que publicamos:

Parece que o poeta Paulo Leminski teve uma premonição, quando poetou:

na rua
sem resistir
me chamam
torno a existir

Expulso da esquina das avenidas República Argentina e Paraná, ele vai regressar em alto estilo. Agora, sob patrocínio da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, que está escolhendo uma nova área próxima ao centro.

O presidente da fundação, Juca Rodrigues, disse que já está em contato com grafiteiros e que, provavelmente logo depois do Carnaval, fará uma reunião com eles para discutir qual o local mais indicado para instalar um novo mural da poesia de Leminski.

Ambígua volta
em torno da ambígua ida,
quantas ambiguidades
se pode cometer na vida?

Não importa quais versos, o que importa é que o ambíguo – e genial – poeta Paulo Leminski vai voltar às ruas de Foz do Iguaçu.
Leminski (é ele, de costas) mostra dois grafites que fez nas ruas de Curitiba.

Ele grafitou…

Grafiteiro contumaz, em uma palestra exatamente sobre esse tema Leminski lembrou, certa vez, de dois grafites que fez nas ruas de Curitiba.

Um deles, em protesto contra a agência de publicidade onde trabalhava, que exigiu que ele ficasse no escritório, em sua mesa, para fazer suas criações. Na mesma hora, ele foi ao muro da frente da agência e escreveu:
Sentado
não tem sentido

E em 1983 (segundo ele recordava), quando a ONU declarou o Ano do Deficiente Físico, ele se inspirou e voltou ao muro:
O torto tem
direito

“A rua é daqueles que passam; o grafite é daqueles que passam”, dizia Leminski.
Outro grafite de Leminski, sobre pichação e poesia.

Então, passantes, viva o grafite! Leminski vai voltar. E, em homenagem à sua volta, o blog traz alguns de seus poemas.

Isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além
apagar-me
diluir-me
desmanchar-me
até que depois
de mim
de nós
de tudo
não reste mais
que o carme

(e carme, pra quem não sabe, tem como sinônimos versos líricos, canto, poesia.

Tags: Cidade
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