O esqueleto completo de um Camptossauro, que permaneceu oculto desde sua descoberta nos anos 1990, será disponibilizado pela primeira vez para venda pública.
Os vestígios dessa espécie pré-histórica foram encontrados em uma propriedade particular localizada no estado de Wyoming, nos Estados Unidos. Estima-se que esse animal habitou a América do Norte e a Europa no final do período Jurássico, cerca de 150 milhões de anos atrás.
De acordo com Alexandre Giquello, representante da prestigiada casa de leilões parisiense Drouot, o dinossauro em questão é notavelmente bem preservado, o que o torna uma verdadeira raridade. O crânio desse exemplar está preservado em impressionantes 90% de sua integridade, incluindo ossos originais, enquanto o restante do corpo mantém surpreendentes 80% de sua estrutura original.
Giquello acrescenta: “Um dinossauro no mercado de arte é também uma ocorrência extraordinariamente escassa, com apenas um, dois ou três exemplares por ano em todo o mundo, no máximo”.
A galeria de arte que expõe o dinossauro antes do leilão já é conhecida por leiloar fósseis, embora normalmente sejam partes isoladas de esqueletos de animais extintos.
O dinossauro recebeu o nome “Barry” em homenagem ao paleontólogo Barry James, que empreendeu a restauração do fóssil pela primeira vez em 2000. Barry tem sido parte da coleção particular de uma neurocientista e astrofísica americana há mais de duas décadas, sendo anteriormente exibido em sua residência no Colorado até o ano de 2022.
A palavra “Camptossauro”, de origem latina, significa “lagarto curvado”, fazendo referência à característica anatômica desse dinossauro que lhe permitia alimentar-se de vegetação rasteira.
A aguardada venda está agendada para o dia 20 de outubro, na prestigiosa galeria de arte do Hotel Drouot, em Paris. Especialistas estimam que o leilão possa arrecadar aproximadamente 1,2 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 6 milhões em moeda brasileira. Para os entusiastas da paleontologia e colecionadores de fósseis, esta é uma oportunidade única de possuir um pedaço de história que remonta a uma era em que os gigantes caminhavam sobre a Terra.