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Quatro pesquisadores analisam a pesca do tucunaré no Reservatório da Itaipu. Se você é pescador, não deixe de ler

"As três espécies que foram introduzidas na Bacia do Paraná (desde a década de 70) vieram da Bacia do Tocantins"

Por Vinícius Ferreira
6 novembro, 2020
| 5 minutos de leitura |
Tucunaré. Foto: Fishbase

Tucunaré. Foto: Fishbase

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A pesca do Tucunaré no Reservatório de Itaipu

*Por Domingo Rodriguez Fernandez, Caroline Hehn, Sandro Alves Heil e Mauricio Spagnolo Adames.

Os tucunarés são peixes ósseos (Ordem Cichliformes, Família Cichlidae), as espécies encontradas no Reservatório de Itaipu, podem ser consideradas de médio porte, com comprimento de primeira maturação ao redor de 21 cm (comprimento padrão, até a inserção da cauda), podendo chegar a 59 cm.

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Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e nos machos adultos em época de reprodução apresentam uma protuberância ou cupim no alto da cabeça (formada por um acumulo de gordura).

Os tucunarés são territorialistas e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas com algumas estruturas como troncos e pedras submersas.

Na época de reprodução, formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis.

São peixes com hábitos diurnos que se alimentam de qualquer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Os tucunarés usam sua visão para achar sua presa e costumam persegui-la até obter sucesso.

Os tucunarés usam sua visão para achar sua presa e costumam persegui-la até obter sucesso.

O tucunaré é uma espécie territorial e relativamente sedentária, realizando migrações num perímetro de até 40 quilômetros de extensão, o que acelera a recuperação de ambientes atingidos pela atividade pesqueira e contribui para a manutenção da espécie.

Distribui-se geograficamente entre as Bacias amazônica e Araguaia-Tocantins, mas foi introduzido nos reservatórios da bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no rio São Francisco e nos açudes do Nordeste.

Na Bacia Amazônia, quando os rios estão com as águas baixas, o Tucunaré perde a proteção da mata inundada (igapó ou mata de várzea), que só ocorre durante as cheias, tornando-o presa fácil de pescadores. Nas lagoas, durante o início da manhã e final do dia, quando a água já está mais fria, se alimentam próximo às margens.

Nas represas, prefere viver junto às margens, nos locais onde podem ser encontradas “tranqueiras”

Quando a água esquenta, passam para o centro das lagoas. O tucunaré não aprecia águas correntes. Em rios pode ser encontrado em remansos. Nas represas prefere viver junto às margens, nos locais onde podem ser encontradas “tranqueiras”, que no linguajar dos pescadores, são galhadas, plantas flutuantes e outras estruturas submersas que formam um refúgio. Em represas do estado de São Paulo, pescadores notaram um comportamento peculiar: a quase total falta de tucunarés grandes nas margens quando estas estão coalhadas com filhotes da espécie

Segundo revisão proposta por Kullander e Ferreira (2006), existem cerca de 15 espécies de tucunaré, entre as quais: Cichla ocellaris, Cichla orinocensis, Cichla nigromaculata, Cichla monoculus, Cichla kelberi, Cichla pleiozona, Cichla mirianae, Cichla melaniae, Cichla piquiti, Cichla thyrorus, Cichla jarina, Cichla pinima, Cichla vazzoleri, Cichla temensis e Cichla intermedia.

Quando os peixes são pequenos, os cardumes são grandes. Ao atingirem um tamanho médio, o número passa a ser da ordem de duas dezenas ou pouco mais. Já adultos, em fase de acasalamento ou não, andam sozinhos ou em pares.

São peixes com dieta piscívora (sua conversão alimentar pode chegar a 10 kg de presa, para cada kg de peso) e como mencionado, algumas espécies têm sido introduzidas fora de seu habitat natural (Bacia Amazônica), ocorrendo hoje em cerca de 35% dos reservatórios hidrelétricos das Bacias do Paraná, São Francisco e Doce.

Se reproduzem pela primeira vez com um a dois anos de idade e costumam desovar no substrato de fundo, podendo ter até 3 ou 4 desovas ao ano

Sendo dominantes (entre as cinco espécies mais abundantes) em pelo menos 11 reservatórios. Forma cardumes quando jovens e tem cuidados parentais (cuidam da prole). Se reproduzem pela primeira vez com um a dois anos de idade e costumam desovar no substrato de fundo, podendo ter até 3 ou 4 desovas ao ano, dependendo da temperatura do ambiente (em Itaipu em geral não desovam mais que duas vezes ao ano), seus ovos são demersais (afundam) e aderidos.

As três espécies que foram introduzidas na Bacia do Paraná (desde a década de 70) vieram da Bacia do Tocantins. São elas:

  • Cichla kelberi Kullander & Ferreira 2006 – “tucunaré amarelo”
  • Cichla piquiti Kullander & Ferreira 2006 – “tucunaré azul”
  • Cichla sp. Bloch & Schneider, 1801 – “tucunaré”

Se fossem uma única espécie, ocuparia a décima sétima posição na pesca artesanal em Itaipu (0,6% do total de peixes capturados no Reservatório) e o segundo lugar na pesca amadora, atrás apenas para a curvina, (Plagioscion squamosissimus).

Os principais impactos da introdução dos tucunarés são: predação, competição, modificação de habitat, introdução de patógenos, degradação genética (baixa diversidade e possibilidade de hibridação).

A curto prazo: alteração na demografia de peixes nativos; redução no recrutamento (sobrevivência até a idade de reprodução) de espécies nativas, mudanças nas estruturas das populações de nativos e alteração no rendimento da pesca (aumento).

A longo prazo: alteração na estrutura das comunidades de peixes, com alteração na diversidade regional e extinção de espécies, alteração na estrutura trófica (cadeia alimentar), pesca menos diversificada e rendimento da pesca menor.

Seu consumo também é recomendável, pois é uma maneira de reduzir seu impacto sobre as espécies nativas. Mas, se o objetivo for a modalidade de pesque e solte (fotografando antes), a recomendação é que mantenham o exemplar capturado sempre na posição horizontal.

Por serem espécies oriundas de outra Bacia hidrográfica, o tucunaré não tem período de proteção ou de Defeso, podendo ser pescado em qualquer época do ano, desde que com equipamento amador e em locais permitidos por Lei. Seu consumo também é recomendável, pois é uma maneira de reduzir seu impacto sobre as espécies nativas.

Mas, se o objetivo for a modalidade de pesque e solte (fotografando antes), a recomendação é que mantenham o exemplar capturado sempre na posição horizontal, pois peixes não possuem peritônio (membrana que envolve vários órgãos internos) e se forem postos na vertical, há chances de rompimento de algum órgão interno (bexiga natatórios, gônadas, fígado, vesícula biliar etc).

Outra sugestão é procurar não cansar demais o peixe durante a pescaria e se verificarem algum sangramento nos opérculos (guelras) as chances de sobrevivência são muito pequenas.

*Sobre os autores:

  • Domingo Rodriguez Fernandez é Médico Veterinário aposentado, com Mestrado em Ciências da Pesca e Doutorado em Zoologia;
  • Caroline Hehn é bióloga de usina de Itaipu com mestrado;
  • Sandro Alves Heil é técnico agrícola especializado de Itaipu, biólogo e um grande praticante da pesca amadora;
  • Mauricio Spagnolo Adames é Engenheiro de Pesca de Itaipu e também tem mestrado.
Tags: Na terra das Cataratas e da Itaipu
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