Prefeitura de Foz vai usar o zumbido do mosquito para controlar a dengue

O equipamento já é capaz de identificar, pelo zumbido, 3.500 espécies de mosquitos, sendo 200 destas transmissoras de doenças

Equipamento que será utilizado no combate à dengue. Foto: Mohammad Fayed

Uma parceria entre a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Prefeitura de Foz do Iguaçu vai permitir que seja a primeira cidade do mundo a ter um sistema de monitoramento inteligente de mosquito transmissor da dengue.

A assinatura da autorização de pesquisa foi assinada nesta sexta-feira (24) pela direção da Unioeste e autoridades municipais e permitirá que, a partir do ano que vem, o município consiga fazer monitoramento em tempo real de forma automática, com um equipamento de baixo custo.

A partir do início de 2026, serão instalados em sistemas de armadilha já presentes no município e, ao entrar na área da armadilha, o sensor consegue captar exatamente de qual mosquito se trata e suas características.

Hoje, o monitoramento depende da informação manuais, seja o número de pessoas infectadas, ou que detectaram locais de criadouro, além de armadilhas físicas.

Zumbido
Os sensores inteligentes funcionam através de comandos dados para a Inteligência Artificial, conseguem captar o som dos mosquitos e identificar a qual espécie pertence.

O equipamento já é capaz de identificar 3.500 espécies, sendo 200 destas transmissoras de doenças.

Como cada espécie tem som diferente, a IA tem esses dados e consegue informar quando se trata do Aedes aegypti e se já picou alguém.

Esses dados são repassados em tempo real para uma central, o que ajuda a localizar índice de manifestação, quais horários de maior infestação, as áreas mais perigosas e fazer predição de surtos.

A Unioeste é a única que aprimora o equipamento, dando informações precisas para a IA auxiliar nesse trabalho.

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