No dia 26 de junho, a Agência Argentina de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA) decidiu suspender por 30 dias a autorização de operação da área de estocagem localizada no quilômetro 171 do Rio Paraná Guazú, utilizada há mais de 30 anos para o translado dos combustíveis que abastecem o Paraguai.
A medida atende a um pedido da Diretoria Geral de Alfândega, que questionou se a área possuía autorização portuária, de acordo com a Lei 24.093.
Por sua vez, o presidente da Administração Nacional de Navegação e Portos do Paraguai, Julio César Vera Cáceres, solicitou, nesta segunda-feira (07), a suspensão imediata da “medida arbitrária” implementada pelas autoridades alfandegárias do país vizinho, e que o assunto seja tratado em uma reunião bilateral entre as chancelarias do Paraguai e da Argentina.
“A Argentina está nos obrigando a procurar portos alternativos na região, onde a maioria são portos privados, e teríamos que pagar taxas de atracação, o que aumentaria o custo da carga”, disse Cáceres em entrevista à Rádio Nacional.
Abastecimento
Já o presidente da Câmara Paraguaia de Distribuidores de Combustíveis (Cadipac), Ricardo dos Santos, alertou que a medida pode ter um impacto significativo, tanto em termos de aumento de custos quanto de fornecimento do produto.
A entidade suspeita que a intenção seja obrigar as empresas paraguaias a realizar seus transbordos em portos argentinos, o que acarretaria custos adicionais significativos.
“Eles não querem mais permitir o carregamento direto de navios em barcaças, algo que já é feito há mais de 30 anos sem problemas. O que a Argentina busca é que descarreguemos em um porto argentino e que as barcaças sejam carregadas de lá”, explicou.
Com informações da Agência IP e ABC Color