Mágica? Itaipu bate novo recorde de produtividade com apenas 61% da vazão média do Rio Paraná

Desde 1983, não foi registrada uma vazão tão baixa no Rio Paraná como a deste ano

Condutos forçados por onde passa a água que faz girar as turbinas da Itaipu. Foto: Rubens Fraulini/ Itaipu Binacional

Pelo terceiro ano consecutivo, a Itaipu Binacional vai bater o recorde de produtividade, apesar da pior vazão registrada no Rio Paraná, desde 1983.

A usina hidrelétrica deve fechar 2021 com a marca de 1,098 megawatt produzido a cada metro cúbico por segundo de água (MWméd/m³/s), a maior produtividade em 37 anos de operação.

A alta produtividade foi essencial em um ano hidrológico crítico como 2021. A afluência média, ou seja, a quantidade de água que chega ao reservatório e é usada para produção de energia, foi de 6.956 m³/s, a pior do histórico desde 1983, correspondendo a 61% da média observada no período.

Mágica? Não!
Para entender a produtividade e sua relação com as baixas afluências, um bom exemplo é o consumo de combustível de um carro. Quando a intenção é economizar combustível, é necessário dirigir o carro em uma rotação do motor ideal, nem alta e nem baixa.

O mesmo ocorre na unidade geradora: quando ela está no melhor ponto de operação, a produção de energia será tal que o consumo de água será o menor possível. E este é o objetivo nos períodos de baixas afluências, fazer mais com menos.

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