Especialistas de Foz reforçam alerta sobre câncer colorretal

Característica silenciosa, como no caso de Preta Gil, dificulta a detecção em fases iniciais, quando as chances de cura podem ultrapassar 90%.

Dr. Luiz Carlos Bremm. Foto: divulgação/Almanque do Futuro

A morte precoce da cantora Preta Gil, aos 50 anos, em decorrência de um câncer colorretal, reacendeu o debate sobre um dos tipos de câncer mais incidentes e letais do Brasil.

Gastroclínica Foz, referência regional no diagnóstico e tratamento das doenças do aparelho digestivo reforça a urgência de uma abordagem preventiva.

O cirurgião digestivo Luiz Carlos Bremm, e Dr. Walid Omairi, especialistas com vasta experiência em investigação, prevenção e cirurgias de câncer colorretal, destacam que a doença pode se desenvolver durante anos sem qualquer sintoma evidente.

Atualmente, as diretrizes internacionais indicam que pessoas sem fatores de risco devem iniciar o rastreamento aos 45 anos, por meio da colonoscopia.

Entretanto, para quem possui histórico familiar da doença ou sofre de doenças inflamatórias intestinais, como a retocolite ulcerativa ou a doença de Crohn, a recomendação é antecipar o rastreamento para os 35 anos ou até antes, conforme avaliação médica.

Esse alerta se faz ainda mais necessário diante da tendência crescente de diagnósticos em pacientes jovens, como observa a gastroenterologista e endoscopista Andressa Tomé Rezende de Faria.

Ela reforça que o perfil etário da doença vem mudando e que sintomas como alterações persistentes no ritmo intestinal, presença de sangue nas fezes, dor abdominal recorrente, perda de peso sem explicação e quadros de anemia devem ser sempre investigados, mesmo em pessoas abaixo da idade de risco tradicional.

A prevenção também está intimamente ligada ao estilo de vida.

Estudos científicos mostram que hábitos alimentares inadequados, sobretudo dietas ricas em carnes vermelhas e processadas, associadas ao sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e obesidade estão entre os principais fatores de risco.

Para o médico Tarik Omairi, endoscopista, a redução desses fatores pode diminuir a incidência da doença.

“A adoção de uma alimentação rica em fibras, o controle do peso e a prática regular de atividades físicas são atitudes simples que podem reduzir o risco de câncer colorretal. A colonoscopia é fundamental não apenas para a detecção, mas de intervenção precoce.

“Durante a colonoscopia, conseguimos identificar e remover pólipos antes que se transformem em tumores malignos, o que é decisivo para o desfecho clínico do paciente”, concluem os especialistas.

Com informações do Almanaque do Futuro

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