Depois de 93 anos, canhoneira paraguaia volta a navegar, mas com uma mascote

Hoje três mulheres são responsáveis pela operação dos novos motores movidos a diesel da embarcação

O navio esteve aberto à visitação pública no final do mês passado. Foto: Armada Paraguaya/Divulgação

Há 93 anos o “Cañonero Paraguay” foi lançado na água pela primeira vez. O navio chegou ao país vizinho em 5 de maio de 1931 e participou da Guerra do Chaco, desempenhando um papel importante na manutenção da supremacia das águas.

A embarcação chegou a servir de refúgio para o general argentino Juan Domingo Perón e, em 1968, após uma explosão, perdeu os motores que foram silenciados por mais de cinco décadas. O acidente provocou a morte de um suboficial, um cadete e quatro marinheiros.

Porém, em junho deste ano, após passar por uma ampla reforma, ele voltou a zarpar, desta vez com 270 tripulantes comandados pelo capitão Carlos Barreto.

Agora, após 55 anos de espera e sendo utilizado como Navio de Instrução da Marinha do Paraguai, os motores voltaram a operar.

A parte submersa do casco foi totalmente reformada, assim como as chapas de aço e a estrutura mecânica que atualmente apresenta melhor flutuabilidade e estanqueidade.

A responsabilidade pelo funcionamento dos novos motores é de uma equipe de 15 pessoas coordenadas por três mulheres: Gloria Núñez, Jorgelina Báez e Leticia Giménez.

Mascote – Mas o tripulante mais querido do navio-escola é o gato Barlo, que foi adotado e, há cerca de dois anos, foi levado para o barco pela tenente Paola Cañiza.

O gato, que rapidamente conquistou o carinho dos demais marinheiros, foi batizado como Barlo porque deriva da palavra ‘barlavento’, um termo de origem náutica que se refere ao lado da embarcação de onde e para onde sopra o vento.

Ele inclusive já fez parte de uma expedição histórica da Marinha do Paraguai e viajou para Puerto Rosário para acompanhar os outros tripulantes.

Foto da mascote: captura de vídeo da C9N Paraguay

Com informações do La Nación

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