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A Casa da Vovó

Minha vó era uma pernambucana, descendente de holandeses, do tempo das invasões holandesas na Capitania de Pernambuco

Por Vinícius Ferreira
12 dezembro, 2022
| 3 minutos de leitura |
Foto ilustrativa: Pixabay

Foto ilustrativa: Pixabay

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A Casa da Vovó

*Por Carlos Galetti

Inicialmente, gostaria de esclarecer que as informações aqui transmitidas são em exaltação àqueles dias da minha infância, se prendendo à fantasia daqueles momentos, ao embalo de dias tão felizes que, certamente, gostaria de reviver, pois tinham magia e encantamento.

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Jamais contestando a nossa sorte ou exaltando nossas desditas.

Minha vó era uma pernambucana, descendente de holandeses, do tempo das invasões holandesas na Capitania de Pernambuco; isso nos idos de 1648. É claro que esses laços não se deram naqueles anos, se não a velhinha teria sido o protótipo de Matusalém.

Veio daquela linhagem, viajando ao longo do tempo, com suas características bem acentuadas nos traços. Tinha os olhos extremamente azuis, cabelos lisos e compridos, em coque, sendo que o coque era pelo fato de ser excessivamente evangélica. Como minha avó, até hoje, principalmente em Recife, vê-se dignos representantes dos holandeses de outrora.

Vivia em situação de extrema pobreza lá, foi para o Rio de Janeiro, onde passou por situação pior, mas dizia que já era tarde para mudar. Talvez por este amargor era muito rude no tratar, sendo violenta na demonstração do seu ponto de vista. Como não podia mais bater nos filhos, carcava pancada nos netos.

Quando reunia as famílias do clã, as crianças sem receber ordem já formavam a fila, era a hora na rapadura. Ela dava um pedaço do doce para cada um, que começávamos a chupar, com bastante lentidão, para durar muito.

Nessas horas, eu a adorava, até esquecia quando ela me dava aquelas sovas, mas também não deixava barato, eu a xingava de tudo que era nome, claro que para dentro, só intimamente.

Outra que adorava era quando chegava visita, a vó, que não tinha geladeira, que era artigo de luxo de poucos, colocava a carne pré-cozida na banha de porco, dentro de uma tina ou lata. Daí tirava alguns pedaços de carne e colocava direto na frigideira, no fogão de lenha, onde fritava, com cebola e outros ingredientes, fazendo um quitute inesquecível.

Todos se deliciavam com as coisas da minha avó na cozinha; coisas de pobre, aproveitar o simples e em pouca quantidade, para fazer algo delicioso. Isso compensava o lado furacão que a velhinha exalava quando com raiva.

Quando dei conta da sua existência, morava na favela de Vigário Geral, comprara um barraco através de um dos meus tios, que facilitou o negócio. Depois, não satisfeita, trocou por um barraco na favela da Maré, uma favela sobre palafitas na entrada da Ilha do Governador, lembro que dava pra ver as águas pelo piso, as águas da Baía de Guanabara.

O que recordo é que, quando a família se reunia, fosse onde fosse, começava a bebedeira e os jogos de baralho, que sempre terminavam em grossa pancadaria. Enquanto a “porrada” comia, as mães pegavam suas crianças e escondiam embaixo das mesas e atrás dos armários.

O que me ficou disso é que devemos evitar jogos e bebidas em excesso.

Aprendi que mesmo os maus exemplos nos trazem boas lições. Talvez um dia continue esta história.

Inté!

*Carlos A. M. Galetti é coronel da reserva do Exército, foi comandante do 34o Batalhão de Infantaria Motorizado. Atualmente é empresário no ramo de segurança, sendo sócio proprietário do Grupo Iguasseg. 

Vivendo em Foz já há mais de 20 anos, veio do Rio de Janeiro, sua terra natal, no ano de 1999, para assumir o comando do batalhão.

Tags: CrônicasQuatro respostas
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