Na edição desta quinta
(26), o jornal Gazeta Diário nos brindou com duas verdadeiras piadas sobre a contratação, por apenas quatro meses, da empresa Cristalink para prestar atendimento oftalmológico em Foz do Iguaçu.
A primeira piada foi protagonizada pela secretária de Saúde, a PhD Katia Yumi Uchimura. Ela justificou (?) o contrato de apenas quatro meses, laconicamente, com a seguinte frase: “maior transparência ao processo, avaliando continuamente todo o trabalho realizado, bem como a qualidade do atendimento neste período, para, então, pensarmos na renovação deste contrato para a continuidade do trabalho”.
É o seguinte: a Cristalink foi, e é, a mais investigada empresa na história de Foz do Iguaçu. Nada foi encontrado, até agora, repito, até agora, para justificar tanto receio, a não ser suspeitas proferidas por pessoas suspeitas. Quanto à qualidade do atendimento, em todo o Paraná e em Santa Catarina, o serviço prestado pela Cristalink é considerado irretocável, até agora, também. Inclusive o prestado em Foz do Iguaçu.
A piada: para mostrar mais transparência, só falta a empresa fazer “nudes”. Mesmo assim, a secretária vai “pensar” se renova o contrato. É piada ou não é?
A segunda piada, mais hilária ainda, foi protagonizada pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde (Comus), Sadi Buzanelo (foto). Segundo ele, “essa empresa está sob a investigação no Ministério Público Federal e faz parte em graves denúncias em inquéritos da Polícia Federal”.
A piada: se uma simples suspeita pode inviabilizar a Cristalink, as denúncias contra Sadi também não deveriam descredenciá-lo a ser presidente do Comus? Até junho do ano passado, estavam em andamento contra Sadi várias ações judiciais, segundo certidão apurada pelo Não Viu?.
O Comus, por sinal, conforme uma simples busca no Google, tem protagonizado brigas e desavenças, ao longos dos anos, dignas das páginas policiais. Numa delas, o ex-presidente da entidade, José Elias Aiex, acusa Sadi de o estar perseguindo, depois que ele, Aiex, descobriu que Sadi foi condenado pela Justiça por improbidade administrativa, conforme publicação no jornal Tribuna Popular, na edição de 24 a 30 de novembro 2015.
Enquanto eles brigavam, a Operação Pecúlio descobria o maior desvio do dinheiro destinado à Saúde da história de Foz do Iguaçu. A pergunta é: dá para acreditar num presidente destes?
